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© casaBranca A.C. / João Guerreiro

Cadernos de Campo

Peça + Instalação Sonora de: Mónica Samões e José Pelicano
Estreia: 
19 JUN 2024 - Centro Escolar da Luz, Lagos 
25 JUN 2024 - Escola Básica Professor Sebastião José Pires Teixeira, Salir - Loulé

Cadernos de Campo é um projecto de criação de Peças Sonoras realizadas com crianças sobre o Mundo Natural e a Paisagem.

Criadas em contexto laboratorial com duas turmas de duas escolas do primeiro ciclo de Lagos e Loulé ao longo de um ano lectivo, estas peças – realizadas por Mónica Samões e José Pelicano com o artista sonoro e músico Marco Maril – são uma deriva poética e acústica onde as crianças são elas próprias paisagem, e onde o seu olhar pluridimensional e livre sobre as coisas do mundo se encontra com coisas tão distintas como o conhecimento ancestral de almanaques rurais, o conhecimento técnico de livros científicos, narrativas do imaginário popular e percepções impressionistas da paisagem de escritores, poetas e geógrafos, dialogando também com nomes de terras e lugares, pássaros e plantas, ventos e mares.
Uma estrutura de narração polifónica e infinita onde as palavras se transformam num lugar de escuta da paisagem.


Caderno de Campo / LUZ

Realizada com: Turma 21 / 3º e 4º ano do Centro Escolar da Luz (Luz – Lagos)
Anabel Ricardo, Anastasiia Boiko, Cenam Ahni, Clara Marlowe Unio, Cristyn Mendoza, Dexter Stubbings, Dinis Cardoso, Heitor Ferreira, Livia Lima, Maria Cardoso, Mia Schneider, Mia Fonseca, Ranjot Singh, Ravjot Singh, Rudra Ankur Patel, Valentina Araújo, Valentina Pimenta, Ved Patel, Veronika Sekret, Virat Saini

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Caderno de Campo / SALIR

Realizada com: Turma do 4º ano da Escola Básica Professor Sebastião José Pires Teixeira (Salir – Loulé)
Andrea Mejias, Diego Rocha, Duarte José, João Silva, Júlia Vilhena, Madalena Ferreira, Marcolino Djaló, Mariana Rocha, Mateus Cavaco, Miguel Silva, Miguel Tomáz, Nísia Guerreiro, Raquel Ramos, Salvador Loureiro, Samuel Sarandão, Simão Faísca, Tomás Prata, Vicente Martins, Yara Martins e com Lourenço Amaro (turma do 3º ano)

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Conceito, Direcção, Dramaturgia: Mónica Samões e José Pelicano
Edição, desenho de som e criação: Marco Maril
Captação Som, Instalação, Imagem: José Pelicano
Produção Executiva: Mónica Samões, Andrea Sozzi
Coordenação e Apoio: Professora Cátia Coelho, Professora Joana Queirós
Produção: casaBranca
Co-Produção: Câmara Municipal de Lagos, Câmara Municipal de Loulé
Agradecimentos: Professora Cláudia Bento, professora Sílvia Barrocal, Elisa Almeida, Jorge Reis, Pedro Campos e todo o corpo auxiliar e funcionárias / os do Centro Escolar da Luz e da Escola Básica Professor Sebastião José Pires Teixeira.
Um agradecimento muito especial a todas as crianças que integraram o projecto e às professoras Joana Queirós e Cátia Coelho.

A casaBranca é uma estrutura financiada pelo Ministério da Cultura – Direcção Geral das Artes


Central a todo o esquema conceptual deste projecto surge a ideia de Caderno de Campo, instrumento e dispositivo informal de notação e registo do meio envolvente, e que é tradicionalmente utilizado nas mais diversas áreas do conhecimento – geografia, biologia, literatura, artes visuais, antropologia, etnografia, entre outras.
Ferramenta de interpelação e de pesquisa do mundo, o caderno de campo situa-se na fronteira entre o documental e o poético, o científico e o literário, sendo, desta forma, mais do que um método para “fotografar” a realidade, uma forma de interpretar subjectivamente o que se observa e regista.

Assumindo a procura desse espaço subjectivo como direcção, e o Mundo Natural e a Paisagem simultaneamente como tema e território de exploração, Cadernos de Campo propôs um processo de investigação realizado com um grupo de crianças que teve como base a expressão sonora daquilo que nos rodeia – desde o mundo natural ao mundo literário, e todas as intersecções que ficam pelo meio – organizando todas as diferentes matérias recolhidas à semelhança de um caderno de campo – colecções, notas, justaposições, colagens, listas – criando, assim, diferentes possibilidades de leitura e complexidade, tanto a nível poético como estrutural, e utilizando, neste processo, diversas ferramentas da literatura, escrita dramatúrgica, música, manipulação sonora e demais impulsos acústicos geradores de significado.
Partindo de diferentes processos exploratórios e de escuta activa, algumas das principais estratégias de trabalho fizeram recurso da leitura como ferramenta de exploração e interpretação da realidade, e, em paralelo, do seu registo e gravação áudio, assim como das suas infinitas possibilidades de (re)configuração semântica e sonora.

O projecto foi desenvolvido em contexto escolar durante o ano lectivo de 23-24, tendo sido montados nas escolas pequenos estúdios para o trabalho de gravação.
Integrou diversos espaços laboratoriais lúdicos de exploração, pensamento e descoberta, que culminaram na criação de duas peças sonoras distintas – objectos síntese em torno do som, da palavra e da linguagem, que cruzam a leitura e a literatura com a experimentação sonora.